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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SINALIZAÇÃO FONÉTICA

SINALIZAÇÃO FONÉTICA
Ricardo SchützAtualizado em 10 de agosto de 2010
Sinalização fonética (SF), em lingüística, é a quantidade de som articulado por unidade de significado. Tomando-se a sílaba como unidade de som articulado e a palavra como unidade de significado, pode-se facilmente determinar o grau de sinalização fonética (SF) de uma língua em sílabas por palavra.
Diferentes línguas podem ter diferentes graus de sinalização fonética (SF). Ou seja, podem ter um número maior ou menor de sílabas por palavra. Ao compararmos o inglês e o português, observa-se uma diferença acentuada, com o inglês revelando uma sinalização fonética significativamente reduzida.
Em primeiro lugar, o número de palavras monossilábicas em inglês é claramente superior quando comparado ao português. Ex:
MONOSSILÁBICAS
ball / bo-labeer / cer-ve-jablack / pre-tobook / li-vroboy / me-ni-nobrick / ti-jo-lobus / ô-ni-buscar / car-rocat / ga-tochair / ca-dei-ra cheese / quei-jocoat / ca-sa-cocorn / mi-lhocup / xí-ca-ra
dog / ca-chor-rodoor / por-tadoll / bo-ne-cadream / so-nhoeat / co-merfood / co-mi-dafruit / fru-tafuel / com-bus-tí-vel girl / me-ni-naglass / vi-droham / pre-sun-tohead / ca-be-çahot / quen-tehouse / ca-sa
left / es-quer-dopen / ca-ne-taman / ho-memmap / ma-pamilk / lei-tered / ver-me-lhoroom / quar-toschool / es-co-la sit / sen-tarsleep / dor-mirshoe / sa-pa-tospeak / fa-larstone / pe-dratree / ár-vo-re
trip / vi-a-gemtruck / ca-mi-nhão wall / pa-re-dewar / guer-rawatch / re-ló-giowhen / quan-dowhite / bran-cowife / es-po-sawine / vi-nhowood / ma-dei-raword / pa-la-vrawork / tra-ba-lhoworld / mun-dowrite / es-cre-ver
Mesmo buscando-se palavras monossilábicas do português para comparar com o inglês, dificilmente encontra-se um número superior de sílabas em inglês:
ar / airboi / oxbom / good céu / skychá / teachão / floor dar / givedez / tendois / two
dor / pain eu / Igiz / chalk ir / golá / therelã / whool lei / lawler / readluz / light
mal / badmão / hand mar / seamês / month não / nonós / weum / onepá / spadepão / bread
par / pairpau / stickpaz / peace pé / footpó / dustquem / who rei / kingsal / saltseis / six
sim / yessol / sunsom / sound sul / southtrem / train três / three tu / youver / seevoz / voice
Até mesmo palavras polissilábicas e de origem comum, quando comparadas entre os dois idiomas, mostram uma clara tendência a redução em inglês. Ex:
POLISSILÁBICAS
ac-cess / a-ces-soa-gri-cul-ture / a-gri-cul-tu-raair-plane / a-vi-ãoca-len-dar / ca-len-dá-riocho-colate / cho-co-la-teci-ty / ci-da-decom-pu-ter / com-pu-ta-dorcre-a-tive / cri-a-ti-vode-part-ment / de-par-ta-men-to dif-ference / di-fe-ren-çagram-mar / gra-má-ti-caim-por-tant / im-por-tan-tein-tel-li-gent / in-te-li-gen-tema-chine / má-qui-namo-dern / mo-der-no
me-thod / mé-to-domu-sic / mú-si-cana-ture / na-tu-re-zapo-li-tics / po-lí-ti-caprin-ter / im-pres-so-rapro-cess / pro-ces-sopro-ject / pro-je-topsy-cho-lo-gy / psi-co-lo-gi-a pu-blic / pú-bli-coqua-li-ty / qua-li-da-destu-dent / es-tu-dan-tete-le-phone / te-le-fo-netem-pera-ture / tem-pe-ra-tu-ratrans-port / trans-por-teur-gent / ur-gen-te
Embora raras, existem, naturalmente, algumas exceções:
al-guém / some-bo-dya-vô / grand-fa-therca-ro / ex-pen-sivecem / hun-dredcor / col-orcu-nha-do / bro-ther-in-lawfe-roz / fe-ro-ciousflor / flow-erjá / al-rea-dyjor-nal / news-pa-perlen-ço / hand-ker-chiefmãe / mo-therma-triz / head-quar-tersmel / hon-eymil / thou-sandnin-guém / no-bo-dy
noi-va / fi-an-céenu / na-kedon-tem / yes-ter-dayon-ze / e-le-venpai / fa-therpa-ra-béns / con-gra-tu-la-tionsplá-gio / pla-gia-rismpro-nún-cia / pro-nun-cia-tionquan-tos / how-ma-nyra-mal / ex-ten-sionre-ser-va / re-ser-va-tionréu / de-fen-dantrim / kid-neyrio / ri-versem / with-outtio / un-cle
Em frases, a diferença tende a aumentar devido à estruturação gramatical mais compacta do inglês. Ex:
Let's-work. (2)I-like-be-er. (4)A-brick-house. (3)Help-me-please. (3)How-old-are-you? (4)Where's-the-bath-room? (4)I'd-like-some-cof-fee-please. (6)Third-world-coun-tries-are- fac-ing-e-co-no-mic-pro-blems. (13)--------------
TOTAL: 39 sílabas34%
(5) Va-mos-tra-ba-lhar. (7) Eu-gos-to-de-cer-ve-ja. (8) U-ma-ca-sa-de-ti-jo-los. (7) A-ju-de-me-por-fa-vor. (7) Quan-tos-a-nos-vo-cê-tem? (7) On-de-fi-cao-ba-nhei-ro?(11) Eu-gos-ta-ri-a-deum-ca-fé-por-fa-vor.(24) Os-pa-í-ses-do-ter-cei-ro-mun-do-es-tão- en-fren-tan-do-pro-ble-mas-e-co-nô-mi-cos. --------------
76 sílabas66%
Uma simples estatística usando-se qualquer amostragem mostra sempre um fato revelador: comparado ao inglês, o português oferece quase o dobro de SF!
O inglês é uma língua cujo ritmo é menos silábico do que o português, o que pode dificultar a definição das sílabas (Veja Ritmo e o Fenômeno de Redução de Vogais em Inglês). Isto entretanto não invalida mas, sim, reforça o argumento aqui apresentado, pois esta característica do inglês conhecida como stress-timing representa uma compressão de sílabas atônicas e uma redução adicional da sinalização fonética.
Este grau superior de compacidade do inglês é evidente e acentuado na língua falada, mas não se limita a ela, podendo ser observado também na língua escrita. Veja Sinalização Ortográfica.
A IMPORTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO FONÉTICA
O grau de dificuldade de entendimento oral da língua é inversamente proporcional ao grau de SF. Isto é: quanto menor a SF, tanto maior a dificuldade de assimilação da língua. A dificuldade fica mais evidenciada no aprendizado de línguas estrangeiras, no caso da língua-alvo ter uma SF mais escassa do que a língua materna do aprendiz.
É este exatamente o caso de brasileiros que aprendem inglês. A nossa língua oferece uma SF claramente superior, como demonstrado nos exemplos acima. É como se estivéssemos acostumados a identificar objetos num ambiente bem iluminado e passássemos a ter que identificá-los na penumbra.
Além de se constituir num fato praticamente óbvio, estudos de fonoaudiologia também já demonstraram que a baixa média de sílabas por palavra do inglês representa uma dificuldade maior de percepção por oferecer uma menor sinalização fonética (veja bibliografia abaixo). Isto se traduz num grau de tolerância inferior para com desvios de pronúncia. Se a pronúncia é tão crítica assim, com tantas palavras monossilábicas, nas quais qualquer leve variação na pronúncia da vogal ou das consoantes pode resultar noutra palavra, a possibilidade de mal-entendidos aumenta substancialmente. Além disso, se há tantas palavras monossilábicas, a perda de uma sílaba pode facilmente resultar na perda do sentido da frase.
Com relação à velocidade de processamento da informação oral, a baixa sinalização fonética significa também que há menos tempo para decodificar a informação, a qual flui num ritmo mais rápido do que aquele com que estamos acostumados. É como se estivéssemos acostumados a viajar com nosso carro por estradas bem sinalizadas a 80 km/h e passássemos a ter que encontrar nosso destino dirigindo um carro diferente, num lugar desconhecido, sob regras de trânsito diferentes, por estradas mal sinalizadas, dirigindo a 120 km/h.
Ou ainda, é como se desembarcássemos em um desses aeroportos internacionais com poucas placas sinalizadoras. Para quem conhece o lugar, não há problema, mas para quem nunca esteve ali, ...
Tudo isso nos leva à conclusão de que, no caso do aprendizado do inglês no Brasil,
Pronúncia é mais importante do que parece.
É fundamental o contato intenso com a língua falada e corretamente pronunciada;
É contraproducente o contato prematuro com textos, na ausência da língua falada;
É comprometedor o contato com modelos de pronúncia caracterizados por desvios.
BIBLIOGRAFIA Katz, Jack and Kim L. Tillery. "An Introduction to Auditory Processing". Audição: Abordagens Atuais 1997

A PRESENÇA DO INGLÊS E DO PORTUGUÊS NO MUNDO

A PRESENÇA DO INGLÊS E DO PORTUGUÊS NO MUNDOENGLISH AND PORTUGUESE IN THE WORLD
ENGLISH
PORTUGUESE
COUNTRIES
Population(million)
% of nativespeakers
Nativespeakers
COUNTRIES
Population(million)
% of nativespeakers
Nativespeakers
United States
286
86
246
Brazil
175
100
175
United Kingdom
59
97
57
Portugal
10
100
10
Canada
32
63
20
Angola
13.5
60
8.1
Australia
20
85
17
Mozambique
18.6
20
3.7
New Zealand
4
95
3.8




Ireland
4
95
3.8




TOTAL
405

347.6

217.1

196.8
Além dos 4 países de língua portuguesa acima relacionados, cabe mencionar mais 4, onde o português é usada como língua oficial: Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. Estatisticamente, entretanto, os números desses países são pouco expressivos.- Nas ilhas de Cabo Verde, a população é de apenas 435 mil habitantes dentre os quais, a maioria fala crioulo.- Em Guiné-Bissau, com população de 1 milhão e 300 mil, apenas 2% falam português.- Em São Tomé e Príncipe, a população é de apenas 140 mil.- No Timor Leste, cuja população é de 750 mil, de 15% a 20% falam português.
Devido à forte expansão do inglês atualmente, fica difícil determinar-se com precisão a quantidade de falantes de inglês e sua distribuição geográfica. Praticamente no mundo inteiro se fala inglês, mas nos 6 países acima fala-se predominantemente inglês como primeira língua.
Os números acima referem-se a pessoas que falam inglês e português como primeira língua (L1). Se fossem considerados aqueles que possuem domínio sobre o inglês, porém como segunda língua (L2), a quantidade de anglófonos aumenta substancialmente em relação a lusófonos.
No Canadá, a porcentagem de falantes de inglês aumenta de 63% para 83% (26,5 milhões), se for considerada a população bilíngüe que fala inglês como L2.
A população estimada de falantes de inglês como L2 é significativa também nos seguintes países (em milhões):
Nigéria: ....... 43
Índia: .......... 37
Filipinas: ..... 36,4
Paquistão: ... 16
África do Sul: 10
Camarões: .... 6,6
Malásia: ......... 6
Nepal: ........... 6
O número total de falantes de inglês no mundo, incluindo os países acima e outros menos expressivos, chega aproximadamente a 580 milhões. Conforme David Crystal, estimativas mais radicais, incluindo falantes com níveis de menor percepção e fluência, sugerem a existência atualmente de um total superior a um bilhão.
Os dados acima são todos baseados em recenseamentos de 1995 e 2000, projetados para 2002.
REFERENCES
Crystal, David. English as a Global Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of the English Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1999Santos, JoãoXavier Mendes. "Países e Comunidades de Língua Portuguesa." Terra à Vista . Online. 4 de agosto de 2003.Wright, John W. The New York Times 2002 Almanac. New York: Penguin, 2002.

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Schütz, Ricardo. "O Inglês e o Português no Mundo." English Made in Brazil . Online. 4 de agosto de 2003.
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